Nesta quarta-feira (28), a Secretaria-Executiva de Vigilância em Saúde e Atenção Primária de Pernambuco divulgou o Boletim Epidemiológico das Arboviroses que compreende as semanas epidemiológicas 01 a 08 (31/12/2023 a 24/02/2024). Os novos dados apresentaram aceleração no ritmo de incidência da dengue, em Pernambuco, em relação à semana anterior.
Ao todo, foram notificados 2.599 casos até a 8ª semana epidemiológica, que terminou no sábado (24). Até a sétima semana, o estado tinha 1.407 ocorrências, ou seja, um aumento de 1.192 casos prováveis em uma semana.
Na SE 08 são apontados também os primeiros municípios pernambucanos a entrarem no estágio de alta incidência: Araçoiaba e Chã de Alegria. Ambos apresentam mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Ao mesmo tempo, se na semana epidemiológica anterior sete cidades apareciam no grupo de média incidência (100-300 por 100 mil habitantes), no boletim, da SE 08 este número sobe para 16. O município de Araçoiaba já recebeu a visita de equipes da I Geres, enquanto Chã de Alegria deverá ser visitada nos próximos dias.
O número de casos prováveis (casos confirmados + casos em investigação) até a SE 08 é 201,9% superior ao mesmo período de 2023. Os casos prováveis são os notificados subtraídos daqueles que já foram descartados. Até o momento, 230 casos foram confirmados para dengue em Pernambuco, sendo dois (seis) casos graves notificados.
“Neste mesmo período, seis óbitos foram notificados para as arboviroses, mas todos se encontram em investigação, uma vez que os sintomas são passíveis de serem confundidos com um conjunto considerável de outras doenças. Após a investigação, todos os óbitos são discutidos em comitê para confirmar ou descartar os registros”, diz a secretaria de Saúde.
OUTRAS ARBOVIROSES
O Chikungunya, com 606 casos prováveis, encontra-se com 6,7 casos por 100 mil habitantes e aumento de 43,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Até o momento, foram confirmados 35 casos. O zika não apresenta circulação há alguns anos no estado, de acordo o governo. Este ano, são 47 casos prováveis, sem nenhuma confirmação, apesar do aumento de 422,2% em relação ao ano de 2023.
PREVENÇÃO
É importante eliminação os focos do Aedes aegypti. Entre as ações a serem adotadas e que precisam ser constantemente revisitadas estão: receber os agentes de combate a endemias, não juntar entulhos que possam promover o acúmulo de água; realizar a limpeza de vasos, calhas e outros focos de água parada.
SINTOMAS
Em caso de sintomas como febre, manchas na pele, dor nos olhos, conjuntivite, dor no corpo e nas articulações, dores de cabeça ou outra manifestação, é recomendada a busca por atendimento médico. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o agravamento da doença ou um possível óbito.